Mais de meio século após a proclamação da declaração dos direitos humanos, ainda nos confrontamos com constantes violações destes mesmos direitos constantes na carta aprovada, em 1948, pelas Nações Unidas. O dia 10 de Dezembro continua a ser um marco importante a celebrar, mas é urgente que da celebração se passe aos actos, em nome da dignidade humana
Em pleno ambiente natalício, em que normalmente nos lembramos mais dos outros, celebra-se o dia universal dos direitos humanos. Dia 10 de Dezembro faz 61 anos que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou e proclamou a declaração que prevê, logo no artigo primeiro, que “todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, sendo “dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.
«todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos»
Em 30 artigos, que abrangem direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, a declaração universal de direitos humanos surgiu em 1948, após a tomada de consciência das atrocidades cometidas na segunda Guerra Mundial, no sentido de garantir que tais acontecimentos não se viessem a repetir. Mas, na verdade, passado mais de meio século, continua a haver no mundo situações de conflito e violência, desrespeito, desigualdade e ofensa aos mais desfavorecidos e desprotegidos, em nome da diferença racial, sexual, religiosa, política, entre outras, que continuam a envergonhar a Humanidade.
Daí que as demais associações de defesa dos direitos humanos venham pedindo que esta data seja celebrada com acção, para que este dia não passe como uma simples data a assinalar, mas para que se tomem medidas concretas a favor dos direitos e liberdades do Homem. Para a Amnistia Internacional “a injustiça, desigualdade e impunidade persistem em muitas partes do mundo”, nomeadamente pelo facto de “os governos fazerem promessas e aprovarem leis, mas falharem no seu cumprimento”.
O objectivo fundador da ONU, com esta declaração, era conseguir a luta pela paz e pela boa convivência entre as diferentes nações, credos, raças, ideologias, etc., mas ainda hoje há exemplos de violações a estes princípios. É urgente identificar e punir os responsáveis e cúmplices por crimes de ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, sendo não menos urgente promover uma cultura generalizada dos direitos humanos, especialmente nas camadas mais jovens.
in "Revista Dada"
Em 1.º lugar queria agradecer-te a visita que fizeste ao meu blog. Gostei muito.
ResponderEliminarDecidi retribuir a visita e qual não foi o meu espanto por saber que és meu conterrâneo. É sempre bom saber :)
Quanto ao teu post é um grande alerta e é muito triste, em pleno séc. XXI ainda estarmos a falar sobre este tema pois é sinal que ainda existe muita coisa para fazer.
Nesta quadra natalícia andamos mais sensiveis para temas como este. Pena é que passa depressa.
Andamos muito preocupados com o nosso próprio umbigo, queixando-nos disto ou daquilo sem fazermos realmente ideia das desgraças que existem por esse mundo fora.
Foi um bom artigo para nos ajudar a reflectir sobre o que realmente importa e, quem sabe,, a tomarmos uma atitude. Bjs