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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

em defesa dos direitos humanos...


Mais de meio século após a proclamação da declaração dos direitos humanos, ainda nos confrontamos com constantes violações destes mesmos direitos constantes na carta aprovada, em 1948, pelas Nações Unidas. O dia 10 de Dezembro continua a ser um marco importante a celebrar, mas é urgente que da celebração se passe aos actos, em nome da dignidade humana

Em pleno ambiente natalício, em que normalmente nos lembramos mais dos outros, celebra-se o dia universal dos direitos humanos. Dia 10 de Dezembro faz 61 anos que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou e proclamou a declaração que prevê, logo no artigo primeiro, que “todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, sendo “dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.
«todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos»

Em 30 artigos, que abrangem direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, a declaração universal de direitos humanos surgiu em 1948, após a tomada de consciência das atrocidades cometidas na segunda Guerra Mundial, no sentido de garantir que tais acontecimentos não se viessem a repetir. Mas, na verdade, passado mais de meio século, continua a haver no mundo situações de conflito e violência, desrespeito, desigualdade e ofensa aos mais desfavorecidos e desprotegidos, em nome da diferença racial, sexual, religiosa, política, entre outras, que continuam a envergonhar a Humanidade.
Daí que as demais associações de defesa dos direitos humanos venham pedindo que esta data seja celebrada com acção, para que este dia não passe como uma simples data a assinalar, mas para que se tomem medidas concretas a favor dos direitos e liberdades do Homem. Para a Amnistia Internacional “a injustiça, desigualdade e impunidade persistem em muitas partes do mundo”, nomeadamente pelo facto de “os governos fazerem promessas e aprovarem leis, mas falharem no seu cumprimento”.
O objectivo fundador da ONU, com esta declaração, era conseguir a luta pela paz e pela boa convivência entre as diferentes nações, credos, raças, ideologias, etc., mas ainda hoje há exemplos de violações a estes princípios. É urgente identificar e punir os responsáveis e cúmplices por crimes de ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, sendo não menos urgente promover uma cultura generalizada dos direitos humanos, especialmente nas camadas mais jovens.


in "Revista Dada"

1 comentário:

  1. Em 1.º lugar queria agradecer-te a visita que fizeste ao meu blog. Gostei muito.

    Decidi retribuir a visita e qual não foi o meu espanto por saber que és meu conterrâneo. É sempre bom saber :)

    Quanto ao teu post é um grande alerta e é muito triste, em pleno séc. XXI ainda estarmos a falar sobre este tema pois é sinal que ainda existe muita coisa para fazer.

    Nesta quadra natalícia andamos mais sensiveis para temas como este. Pena é que passa depressa.

    Andamos muito preocupados com o nosso próprio umbigo, queixando-nos disto ou daquilo sem fazermos realmente ideia das desgraças que existem por esse mundo fora.

    Foi um bom artigo para nos ajudar a reflectir sobre o que realmente importa e, quem sabe,, a tomarmos uma atitude. Bjs

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